Por que a Grã-Bretanha liderou a Revolução Industrial

A revolução industrial foi um período de grande progresso e desenvolvimento e mudou a face da economia britânica. Mas por que a Grã-Bretanha liderou a revolução industrial? Entre as décadas de 1750 e 1850, a maioria das novas invenções do mundo foram feitas pela primeira vez na Grã-Bretanha. A Grã-Bretanha emergiu da revolução industrial como a principal potência global. Mas o que fez da Grã-Bretanha o ambiente ideal para este período próspero e florescente?

Uma das principais razões do sucesso da Grã-Bretanha foi a sua base tecnológica pré-existente. A Grã-Bretanha tem uma longa história de aplicação de novas tecnologias no ambiente de trabalho. A nação estava acostumada a fabricar e usar ferramentas. Isso significava que quando novas ideias, como as máquinas a vapor, eram desenvolvidas, elas eram rapidamente introduzidas no local de trabalho.

A classe dominante da Grã-Bretanha também participou no progresso da revolução industrial. Eles estavam interessados ​​em encorajar novas técnicas e ideias, o que lhes proporcionou capital económico. A elite rica da Grã-Bretanha pressionou pela implementação de ideias inovadoras, o que por sua vez lhes proporcionou uma maior fonte de rendimento. Isso ajudou a impulsionar o desenvolvimento da revolução industrial.

O combustível da revolução industrial foi o fornecimento de recursos naturais ao país. Após a descoberta do carvão, a Grã-Bretanha estava bem abastecida com todos os tipos de metais e minerais. As indústrias poderiam acessar esses recursos para criar novos produtos. Isso fez com que valesse a pena investir em maquinário caro, uma vez que os preços das commodities caíram devido ao aumento da capacidade de produção.

Além disso, durante este período, a Grã-Bretanha era a principal potência europeia. Tinha um grande império, com acesso a uma ampla gama de mercados e vastos recursos. A Grã-Bretanha não precisava competir com outros impérios, simplesmente detinha o monopólio do comércio. Isto permitiu à nação investir em ideias inovadoras, o que por sua vez impulsionou a revolução industrial.

Um último fator foi a disponibilidade de uma força de trabalho qualificada. Ter uma força de trabalho qualificada e instruída significava que novas técnicas poderiam ser desenvolvidas mais rapidamente. Isso proporcionou maior eficiência e produção que, por sua vez, impulsionou a prosperidade da nação.

Crescente população urbana

A crescente população urbana da Grã-Bretanha foi um componente importante da industrialização do país. Milhões de pessoas começaram a mudar-se para as cidades em busca de mais finanças e estabilidade económica. As áreas urbanas tornaram-se centros de produção industrial onde foram criadas fábricas, moinhos e outros centros de máquinas.

A ascensão de uma enorme força de trabalho apenas contribuiu ainda mais para a revolução industrial e os novos métodos de produção. Com esta força de trabalho altamente qualificada, as fábricas poderiam mudar o mundo. A tensão adicional do movimento urbano também ajudou a impulsionar o desenvolvimento de uma utilização mais precisa e económica dos recursos. As melhorias feitas na vida urbana, como a infraestrutura, impulsionaram ainda mais o crescimento da indústria.

Ter uma concentração tão grande de pessoas nas cidades sublinhou a necessidade de modernização da infra-estrutura, nomeadamente com a criação de canais para facilitar o transporte de recursos, o que leva a uma maior procura por esses serviços de transporte.

O aumento da população do país também foi visto como um grande factor contribuinte, pois quando mais pessoas se mudaram para as cidades, a procura de bens e serviços aumentou e foi satisfeita por uma força de trabalho maior. Este período de urbanização da revolução industrial funcionou como um impulso económico para toda a nação.

Colonização e Fornecimento de Recursos

O grande império da Grã-Bretanha e a colonização de muitos outros países levaram ao fornecimento constante de recursos para a sua revolução industrial.

O enorme império acabou por incluir colónias noutras partes do mundo, da Índia ao Canadá. Isto permitiu à Grã-Bretanha um fornecimento abundante de recursos naturais, alimentando o processo de industrialização. Além disso, durante esta era de militarismo, o domínio militar da Grã-Bretanha garantiu que os recursos fossem enviados de e para as colónias com menos perturbações.

Além dos recursos, a Grã-Bretanha ganhou enormes mercados nas colónias para os seus produtos, o que levou ao aumento da produção e a métodos mais eficientes de produção de bens, levando a um aumento na oferta de bens.

A colonização também permitiu à Grã-Bretanha aceder a tecnologias e invenções remotas noutros países que poderiam modificar e melhorar para seu próprio uso. Este processo de empréstimo, modificação e melhoria de tecnologias serviu como um facilitador chave da revolução industrial na Grã-Bretanha.

Durante este período, a Grã-Bretanha também era vista como uma superpotência, enquanto outros países ainda sentiam as repercussões das guerras e das crises económicas. Isto ajudou a impulsionar a reputação internacional da Grã-Bretanha, levando a um aumento do investimento e atraindo mais trabalhadores para o país.

Comércio Global e Poder Marítimo

O poder marítimo da Grã-Bretanha também foi um factor importante durante a revolução industrial. A Grã-Bretanha era a força dominante nos mares nesta altura, com a sua força naval permitindo-lhe controlar o comércio colonial e obter acesso a recursos distantes.

Como resultado da supremacia naval, a Grã-Bretanha conseguiu transportar facilmente materiais de ida e volta para as suas colónias, sem medo de interrupção ou pirataria. Isto permitiu à Grã-Bretanha aumentar os seus níveis de produção e aumentar o seu poder económico.

O domínio dos mares também ajudou na proliferação de novas tecnologias. Cada novo navio construído foi equipado com as mais recentes tecnologias e inovações, permitindo à Grã-Bretanha expandir e aperfeiçoar as suas capacidades de transporte marítimo.

Além disso, o acesso da Grã-Bretanha aos mercados globais permitiu que os produtos das suas fábricas fossem facilmente exportados para todo o mundo. Isto permitiu à nação obter um rendimento enorme, bem como aumentar o seu acesso a diferentes mercados e clientes.

A combinação de um grande império, poder marítimo e acesso aos mercados globais significou que a Grã-Bretanha solidificou a sua posição como líder na revolução industrial.

Reformas Políticas

O ambiente político do período também foi uma força motriz da industrialização da nação. A Grã-Bretanha foi um dos primeiros países a afastar-se de uma economia mercantilista e a aproximar-se dos mercados livres e do comércio livre. Isto ajudou a abrir a economia do país e a torná-la mais eficiente e produtiva.

A Grã-Bretanha também viu o surgimento de uma nova classe de capitalistas e empresários que investiram e desenvolveram muitas das novas tecnologias que impulsionaram a revolução industrial. Esta nova classe de pessoas proporcionou o capital e a capacidade de assumir riscos necessários para levar a industrialização da Grã-Bretanha ao próximo nível.

Por fim, o governo da época realizou uma série de reformas que facilitaram a abertura e a gestão de uma empresa. Isto conduziu a um ambiente mais favorável aos negócios para os empresários, uma vez que tiveram acesso ao capital, a um sistema jurídico mais eficiente e a uma força de trabalho flexível.

O governo também investiu pesadamente em infraestrutura, como estradas e canais. Isto proporcionou ligações de transporte adicionais aos mercados globais, permitindo que os produtos fossem movimentados e transportados com mais facilidade.

Políticas econômicas

As políticas económicas do governo britânico nesta altura também desempenharam um papel importante na revolução industrial. O governo incentivou o investimento através da promulgação de benefícios fiscais e subsídios. Isto proporcionou às empresas a flexibilidade necessária para investir em novas tecnologias e expandir os seus negócios.

O que ajudou a tornar a revolução industrial na Grã-Bretanha ainda mais notável foi a utilização sensata dos empréstimos. Devido à crescente influência global da Grã-Bretanha, muitos bancos estavam dispostos a emprestar dinheiro à Grã-Bretanha, permitindo-lhe financiar algumas das primeiras ferrovias, fábricas e navios do mundo.

O governo também manteve as tarifas relativamente baixas sobre importações e exportações. Isto abriu a Grã-Bretanha ao comércio internacional e permitiu que mais investimento e capital fossem trazidos para o país.

A combinação de políticas de endividamento e de comércio livre permitiu à Grã-Bretanha participar na primeira economia global do mundo, fortalecendo ainda mais a posição da Grã-Bretanha como líder na indústria.

Conclusão

A revolução industrial na Grã-Bretanha foi impulsionada por muitos fatores. Da base tecnológica pré-existente à presença de uma força de trabalho qualificada e de vastos recursos naturais, a Grã-Bretanha estava no lugar certo, na hora certa, para desencadear a revolução industrial e tornar-se a principal potência global. As reformas políticas, as políticas económicas e um grande império, complementados pelo poder marítimo da Grã-Bretanha, ajudaram a criar o ambiente perfeito para impulsionar a industrialização da nação.

Margaret Hanson

Margaret R. Hanson é uma jornalista e escritora do Reino Unido. Ela escreve sobre o Reino Unido há mais de uma década, cobrindo tópicos como política, assuntos atuais e cultura. Margaret está empenhada em produzir um trabalho envolvente, informativo e instigante.

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